Pequenos, mas quase onipresentes

O monstro aí em cima não mede mais que 1,5 milímetro. Ele representa uma entre milhões de espécies de nematóides, o maior grupo de animais da Terra. Sabe-se muito pouco sobre esses bichos, o que não é nada bom. Só para você ter uma idéia, das 30 000 espécies já estudadas, 20 000 são parasitas: moram dentro de animais e plantas, vivendo à custa do organismo alheio. E são muitos. Um quarto da população mundial sofre de doenças causadas pelos nematóides, como ascaridíase (lombriga), elefantíase e amarelão. “É difícil achar o melhor tratamento”, disse à SUPER o bioquímico Carlos Eduardo Winter, da Universidade de São Paulo. É que os parasitas morrem assim que são retirados do hospedeiro. A saída é achar os nematóides que não são parasitas, mas são parecidos com os invasores. Um novo estudo do biólogo Mark Blaxter, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, mostra que muitos bichos que já foram parasitas, no passado, deixaram de invadir o corpo alheio. O oposto também aconteceu. “Conhecendo esse parentesco, vai ficar mais fácil tratar as moléstias”, disse Blaxter à SUPER.

Verme do bem

O Acrobeles complexus é um dos 10 000 nematóides independentes. Ou seja, ele não mora dentro de outros organismos. É minúsculo, nada no mar e come bactérias. Mas há 20 000 nematóides parasitas, que fixam residência no corpo alheio. Estes causam doenças e prejuízos.

À boca pequena

Vários “lábios” na forma de tentátulos capturam os alimentos na água. A boca é um buraco escondido no fundo do tubo.

Radar químico

Para achar alimentos, o animal usa um detector que identifica substâncias químicas no ambiente. Existe outro “nariz” igual a este do outro lado do animal.

Casca dura

A pele que recobre o corpo cilíndrico dos nematóides é feita de colágeno, proteína que cria uma membrana sem elasticidade. Para crescer, só trocando de pele, feito cobra.

Fonte: http://super.abril.com.br/mundo-animal/pequenos-quase-onipresentes-437518.shtml

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